Após a conclusão da faculdade nos deparamos com a inevitável questão: “... mas e agora?”. Em 2008 eu pude parar pra pensar em todas as possibilidades desse “agora”. Não tive outra escolha senão desconstruir todos aqueles planos e idealizações, então o castelo erguido com cartas de baralho veio ao chão com um último suspiro de estafa. Parecia fácil ladrilhar o meu próprio caminho... aqueles rascunhos mal escritos da adolescência ganhariam mais páginas e uma capa; em 2 ou 3 anos teria poupado o suficiente pra ir lavar privada louça em Londres; conheceria alguém e, juntos, faríamos sopa azul... Continuo a sonhar, porém, esse início de “adultice” trouxe um certo senso de racionalidade que busca legitimar o meu querer e merecer, derrubando as pretensões juvenis (especialmente as “literárias”) e apontando as reais e concretas possibilidades de realização. Admito estar temeroso, como se atrasado para o chá levasse o ruído de tic-tac ao peito, um alerta de que esse “agora” já figura o amanhã.
Friday, January 16
divagações sobre o agora
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É rapaz, bem-vindo ao mundo adulto. Qualquer que seja o castelo de cartas que você monta desmorona fácil. Por outro lado, há a possibilidade de você tomar as rédeas da própria vida e traçar um caminho essencialmente seu, só seu. E acho que esse acaba sendo o grande foco interessante no final.
ReplyDeletePor que será que todo mundo quer ir pra Londres? Confesso que acho bem senso-comum. Eu gostaria de ir pra Barcelona, Amsterdã, Toronto... San Francisco... Zurique...
ReplyDeleteE quanto às expectativas do futuro.. Bem, acho que sempre será assim. A perspectiva é fora de foco. Só quando se chega é que notam-se as nuances.
Fernz,
ReplyDeleteNa verdade eu penso em qualquer lugar menos "pop" de UK, Irlanda, Wales, Escócia... mas segundo amigos que já foram, Londres é o melhor pra quem quer trabalhar e estudar. Mas quem sabe, na hora dá uma louca e eu vou tentar a sorte em Portugal Canadá ou França.