Momento amelístico

Despertei com uma estranha e intensa dor. Levantei, lavei o rosto, bebi um copo d’água, voltei a dormir, contorcendo e orando pra Quem eu tanto tenho duvidado e questionado. Horas depois, acordei, livre da dor. Durante toda a semana a minha energia foi sugada pelo clima e por outros, acordar num domingo nublado e não aproveitá-lo por causa de uma dor nunca antes sentida seria um castigo imerecido.

Só eu sei como tem sido difícil até aqui, e não falo somente de dores físicas. Os momentos amelísticos se fazem tão necessários. Hoje o tempo foi meu, cinzento, ônibus vazio, sons, ruminando pensamentos... Eu poderia passar horas na Livraria Cultura, mesmo não encontrando o que procurava, não resisti e comprei três livros que não vou ter tempo de ler. Sou fascinado por essas facilidades e opções culturais de SP, tudo num mesmo lugar.

Como não poderia deixar de ser, assisti Blindness (divaguei sobre o livro aqui), mas estou incapaz de escrever algo publicável agora. Chorei no início, meio e fim. Alma lavada.

De fato, ouso dizer que o dia foi perfeito. Claro que apostei na blusa listrada "indie" e vi três com uma parecida, mas eu visto melhor! Mesmo só (fato inerente à minha existência), nem que eu quisesse poderia me sentir como em So Unsexy... Pra variar, um dia com um punhado de momentos prazerosos (acho que vou assistir Amélie pela milésima vez...).

ouvindo: underneath – alanis morissette.