Cicatrizando

Nós últimos meses algumas postagens serviram justamente para expurgar o que restava de nocivo. A medicação que corria pelas veias parece estar se dissipando, os efeitos colaterais estão rareando. Quase curado. É constante uma sensação de “felicidade clandestina”, um bem-estar que parece não me pertencer. Uma percepção negativa (ou seria realista?) surge aqui ou ali, mas na medida certa.

O muro das idealizações caiu, eu já não espero que o outro seja tolerante, educado, gentil, amigável... é frustrante esperar atitudes, preconceber comportamentos. As entrelinhas do discurso parecem estar mais legíveis e as pessoas se tornaram tão previsíveis e desinteressantes. Ao notá-las, eu avisto a possibilidade de ser um pouco mais hipócrita e egoísta... definitivamente não.

Sou o único de quem espero que... compreenda a extensão do espaço, a profundidade das crises e a gravidade dos crimes. Algumas questões mal resolvidas, processos psicológicos não concluídos... OK, talvez aparece qualquer dia desses num programa tipo Encontro Marcado falando sobre a minha incapacidade de aprofundar as relações interpessoais (risos). Estou caminhando, sem pressa, ao meu tempo. A propósito, estou bem.