Na última quinta-feira (21) repeti por mais uma vez o quase religioso rito de escapismo em razão dos meus 23 anos. Como em ano anterior, passei parte da incômoda data em lugar específico, terreno livre para a vazão dos pensamentos que aqui escorrem. A 29ª Bienal de São Paulo foi escolha mais do que acertada, saio dessa experiência como refeito de uma catarse. A propósito, há algum tempo venho tentando me deixar exposto à Arte, em suas diversas formas e meios, com uma frequência e intensidade crescente.
[Circle of Animals, Ai Weiwei]
Não ocupo este espaço com pormenores (ou ao menos faço disso falha tentativa), mas registro curiosa experiência que tive enquanto observava com ar absorto as obras do 2º pavimento. A figura personificava todos os eles pelos quais dediquei da linguagem, mas por pura covardia justificada imbecilmente pela boa educação, permiti que a personagem saída da tela continuasse num monólogo de tom sóbrio e matiz única, até porque, mesmo desejando com dor contida o contrário, não estendo nem aceito convite. Enquanto escrevo rememoro o ocorrido e o nomeio como SINCRONICIDADE ATRAPALHADA, escapa um sorriso parvo no canto da boca. Espero que não compreenda de forma bruta o que discorro, pois não faço questão da inteligibilidade. Conservo mais essa ordinária epifania naquela segunda existência da qual disponho, escondida entre as camadas dos fluxos, no universo interior daquilo que não partilho.
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